No ambiente digital, a competição é acirrada e o tempo de atenção do consumidor é limitado. Com o passar dos anos e o desenvolvimento dos canais digitais, cada vez mais empresas tentar usar esses canais para convencer o consumidor a comprar seus produtos, por isso, técnicas de copywriting são essenciais para garantir que a mensagem seja clara, persuasiva e garanta destaque em meio ao mar de informações disponíveis na internet.
Copywriting é a arte de escrever textos que vendem, persuadindo o leitor a tomar uma ação desejada, seja a compra direta de um produto ou serviço, se inscrever em uma lista de e-mails ou mesmo fazer um download de arquivo. É um componente fundamental do marketing digital, que pode fazer toda a diferença no sucesso ou fracasso de uma campanha.
As técnicas de escrita de copywriting possuem algumas características principais fundamentais para alcançar a persuasão e conversão do público-alvo. Envolve o uso inteligente de gatilhos mentais, estrutura persuasiva e clareza concisa para mover seu público-alvo a tomar a ação desejada.
Algumas das principais características dessa técnica são:
1. Foco no público-alvo: o copywriting se concentra nas necessidades, desejos e comportamentos do público-alvo para criar mensagens que sejam relevantes e persuasivas para eles.
2. Uso de gatilhos mentais: são técnicas que despertam emoções e desejos no leitor, como a urgência, exclusividade, autoridade, entre outras.
3. Palavras de poder: o copywriting utiliza palavras que despertam emoções e sentimentos, como amor, medo, raiva, curiosidade, felicidade, entre outras.
4. Estrutura persuasiva: as mensagens de copywriting possuem uma estrutura bem definida, com introdução, desenvolvimento e call-to-action (CTA), para conduzir o leitor a uma ação específica.
5. Clareza e simplicidade: a linguagem utilizada no copywriting é clara, simples e objetiva, evitando jargões e termos técnicos que possam confundir o leitor.
6. Senso de urgência: o copywriting utiliza técnicas para criar um senso de urgência no leitor, como promoções por tempo limitado, quantidade limitada de produtos ou serviços, entre outros.
7. Foco nos benefícios: o copywriting destaca os benefícios do produto ou serviço oferecido, em vez de suas características, para convencer o leitor a tomar uma ação.
8. Testes e ajustes constantes: o copywriting é uma técnica que exige testes e ajustes constantes para maximizar sua eficácia, incluindo a criação de diferentes versões de mensagens e a análise de métricas de conversão.
Diferença entre as técnicas de copywritting e outras técnicas de escrita
Dado o contexto altamente globalizado e o ritmo frenético das pessoas, muito em decorrência das novas tecnologias que, além de facilitar o acesso, tornaram a comunicação rápida e instantânea, as empresas precisam disputar a atenção das pessoas das mais variadas formas possíveis. Além disso, pelo alto grau de concorrência, é necessário não apenas envolver o cliente, mas tentar fazer com que ele se decida o mais rápido possível. Enquanto outras técnicas de escrita podem ter como objetivo informar ou entreter o leitor, o copywriting visa persuadir o leitor a tomar uma ação específica, por isso está tão em alta dentre as marcas que atuam no mercado digital. Mas não existe apenas o copywritting, outras técnicas de escrita também estão sendo muito usadas para disseminação de conteúdo, principalmente o storytelling.
Para Rafael Rez, renomado autor do tema, "o storytelling é um método que se vale de narrativas aplicadas em palavras ou recursos audiovisuais para transmitir um conceito. Ele tem sido bastante usado no marketing como meio de promover a marca sem vender diretamente, e por isso se torna uma ferramenta poderosa para compartilhar conhecimento e atrair consumidores."
Storytelling é a arte de contar histórias. É uma técnica usada para envolver o público, criar empatia e conectar-se emocionalmente com ele. O objetivo do storytelling é criar uma narrativa cativante que mantenha a atenção do público e o leve a uma conclusão ou mensagem específica. O storytelling pode ser usado em vários tipos de conteúdo, desde artigos de blog até anúncios publicitários, e é frequentemente usado para envolver o público em um nível emocional mais profundo.
A principal diferença entre storytelling e copywriting é que o primeiro é mais sobre criar conexões emocionais e envolver o público, enquanto o segundo é mais sobre convencer o público a tomar uma ação específica, como fazer uma compra. Muitas marcas usam estratégias com ambas as técnicas para criar conteúdo persuasivo mais eficaz.
Impactos do uso do copywritting nos resultados de venda
Muitas técnicas de escrita usadas nas estratégias das marcas pretende atrair pessoas para o funil de vendas. Quantos mais pessoas forem atraídas, maiores são as chances de efetivar as vendas. Após atrair as pessoas, será necessário usar conteúdos mais específicos e nesse ponto as técnicas de copywritting podem ajudar para acelerar o processo de decisão, principalmente com uso de gatilhos mentais. Alguns dos principais gatilhos mentais usados em copywriting incluem:
1 - Escassez: a ideia de que algo é limitado ou está em risco de acabar em breve pode incentivar as pessoas a tomar medidas imediatas.
2 - Urgência: a ideia de que algo precisa ser feito agora ou em breve para evitar uma consequência negativa pode motivar as pessoas.
3 - Prova social: a demonstração de que outras pessoas também estão usando ou comprando um produto, ou serviço e estão satisfeitas pode persuadir outras pessoas a fazer o mesmo.
4 - Autoridade: o uso de autoridade ou credibilidade faz com que as pessoas confiem na mensagem ou no produto.
5 - Reciprocidade: as pessoas tendem a retribuir quando recebem algo e isso pode motivá-las a tomar uma ação em troca de algo que receberam.
6 - Curiosidade: as pessoas são naturalmente curiosas e isso pode ser usado para atrair a atenção e o interesse do leitor.
7 - Benefícios: enfatizar os benefícios que serão recebidos ao tomar a ação desejada pode ser uma forma eficaz de persuasão.
8 - Emoção: usar emoções como medo, esperança, alegria ou tristeza pode fazer com que as pessoas se sintam mais conectadas com a mensagem e mais propensas a agir.
Ao usar esses gatilhos aliados ao conhecimento do produto ou serviços a ser divulgado, e com base nas informações dos clientes, as empresas podem aumentar suas taxas de conversão, ou seja, o número de pessoas que efetivamente são levadas a efetivar a compra do produto ou realizar determinada ação planejada, como fazer um cadastro, por exemplo. A conversão nem sempre será a venda específica, muitos outros objetivos podem estar aliados aos anúncios.
Em um mundo cada vez mais digital e globalizado, onde as marcas tem o poder de estar perto de nós a todo instante, principalmente através dos smartphones, os processos de compra se tornaram extremamente fáceis, porém desgastante para o consumidor. É crescente a discussão sobre uso de técnicas de persuasão para "convencer" os consumidores a realizar a compra e o que temos visto, cada vez mais, são pessoas comprando muitos produtos apenas pelo impulso, gerando desconforto e até insatisfação.
Para que tudo isso funcione é necessário ter grande conhecimento sobre a jornada de compra e os hábitos dos clientes, algo não muito difícil de conseguir uma vez que deixamos nosso "rastro digital" por onde passamos e tudo que fazemos conectados acaba sendo usado para nos influenciar a comprar sem parar. Mesmo que seja uma ação de vontade própria, o consumidor se encontra cada vez mais encurralado na armadilha digital que o modo de vida moderno nos impõe.
O uso de técnicas de escrita para influenciar e persuadir as pessoas continuará sendo usado por jornalistas, veículos de comunicação, políticos e marcas, e cabe a nós, consumidores e leitores em geral, sabermos interpretar essas informações e tratá-las de forma mais racional.
O desafio das marcas para obter resultado com técnicas de escrita apenas será cada vez maior, à medida que as pessoas entenderem que não podem ser vítimas de gatilhos e estruturas de linguagem. É preciso amadurecer em ambos os lados, empresa e consumidor, para que a relação comercial possa ser pautada não apenas em apelos linguísticos, mas em um relacionamento de confiança onde as empresas possam fazer uso das informações sobre o consumidor para oferecer realmente produtos e serviços para suas necessidades e anseios.
Autor: Leonardo Duarte - Mestre em Marketing Digital / Especialista em Gestão de Marketing