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O que é 5G RedCap e como ele deve impulsionar a disseminação da IoT

Uma nova tecnologia, que está sendo testada com sucesso por operadoras em vários países do mundo (inclusive no Brasil), tem tudo para levar a adoção da internet das coisas e o uso do 5G a um novo patamar.

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Uma nova tecnologia, que está sendo testada com sucesso por operadoras em vários países do mundo (inclusive no Brasil), tem tudo para levar a adoção da internet das coisas e o uso do 5G a um novo patamar. Batizada como RedCap (abreviatura do inglês Reduced Capability), ela surgiu com o Release 17 do 3GPP e tem um nome que pode dar a ideia de ser algo limitado, mas engana-se quem subestima seu potencial.

O padrão RedCap, que deve estar disponível no ano que vem, tira proveito da evolução das redes 5G para a arquitetura de rede standalone (o chamado "5G puro") e oferece confiabilidade para dispositivos com baixos requisitos de largura de banda, proporcionando muitos dos benefícios do 5G sem os custos e a complexidade das soluções 5G típicas.

Segundo um estudo realizado pela Counterpoint Research, os módulos 5G Redcap serão responsáveis por quase 20% do total de módulos IoT celulares até 2030, o que representa um importante potencial de mercado, principalmente em países em desenvolvimento, nos quais custo é um item fundamental para a ampla adoção de uma tecnologia.

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Assim como as tecnologias LTE-M e NB-IoT abordam aplicações de mercado de velocidade mais baixa para LTE, o RedCap faz o mesmo para 5G. Afinal, embora as promessas do 5G de altas taxas de velocidade para acesso à internet e baixa latência sejam um apelo indiscutível, há aplicações que podem utilizar uma menor capacidade de 5G (oportunidades que ainda não foram devidamente aproveitadas).

E aqui o padrão RedCap surge como uma solução que oferece largura de banda "na dose certa" e atende a um grande número de dispositivos e cenários nos quais o uso da capacidade total do 5G pode não ser necessário ou mesmo viável financeiramente.

Para quem acha que isso é muito "techniquês" vale dar alguns exemplos de equipamentos que serão beneficiados por essa tecnologia:

  • Dispositivos wearable (vestíveis, a exemplo de smartwatches e fones)
  • Equipamentos de realidade aumentada (como óculos VR)
  • Sensores de internet das coisas que permitem captar dados como temperatura ou consumo em empresas e residências
  • Aparelhos que utilizam inteligência artificial na borda (a exemplo dos assistentes pessoas inteligentes, como os oferecidos pela Amazon e o Google)
  • E casos de uso adicionais também surgirão no futuro

A nova geração de equipamentos poderá tirar proveito ao máximo de dois pilares do 5G RedCap: o mMTC (Massive Machine-Type Communications), que é a capacidade de conectar um número enorme de equipamentos; e de URLLC (Ultra-reliable Low-Latency Communication), redes extremamente confiáveis e de baixa latência para aplicações críticas, como em cenários de tempestades com falta de energia, nos quais as redes cabeadas tradicionais podem entrar em colapso.

Ele é um impulso significativo para democratizar o 5G, proporcionando aos consumidores a capacidade de otimizar componentes e fornecer dispositivos 5G em diversas aplicações e faixas de preço. Entre outros benefícios, a migração para o 5G RedCap substituirá as soluções 4G/LTE, oferecendo eficiência energética significativamente melhor e experiências de usuário mais confiáveis, em comparação com soluções de modem 5G eMMB de ponta e dispositivos legados 4G LTE Cat 4 e Cat 6.

  • Mas o que é possível fazer com o RedCap? Veja alguns benefícios:
  • Otimização da rede, alocando recursos e permitindo atender mais usuários de smartphones dentro da mesma antena 5G
  • Grande economia de bateria, em função da otimização da rede e do processador
  • Melhor performance de dispositivos wearables, atendendo à tendência de maior número de aparelhos conectados por pessoa
  • Compatibilidade com 5G SA e com LTE e NR-FR1 (20MHz)
  • Confiabilidade aprimorada com suporte para até 256 QAM DL/UL, além de suporte 1T2R MIMO / 1CC para conexões de menor latência
  • Dual SIM single active (DSSA, duplo SIM com uma ativa) e segmentação de rede, o que é essencial para suportar uma variedade de aplicações de IoT

À medida que as operadoras continuam investindo em capacidades de rede para aproveitar as oportunidades oferecidas pelo 5G, a tecnologia RedCap as ajudará a expandir seus negócios de consumo e a habilitar novas aplicações para consumidores e empresas, ao mesmo tempo em que aprimoram o desempenho e a eficiência energética da rede.

O RedCap oferece taxas de dados similares a dispositivos LTE Cat-4 com latência aprimorada, eficiência energética do dispositivo e eficiência espectral. A tecnologia também pode suportar recursos SA 5G, como posicionamento aprimorado e fatiamento de rede.

Além disso, a capacidade do 5G SA de suportar eficientemente um maior número de dispositivos com eficiência espectral para atender a casos de uso variados apoiará a crescente tendência de mais dispositivos IoT conectados em ambientes residenciais e industriais. No geral, espera-se que essas implementações forneçam aos clientes uma experiência de conectividade mais eficiente, confiável e contínua, aumentando sua satisfação geral com a rede e oferecendo uma opção de alto custo-benefício.

*Samir Vani é diretor de desenvolvimento de negócios da MediaTek para a América Latina

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Fonte: Entretenimento Canaltech

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